Nunca fumei
mas trago o Vasco
baseado na paixão dos alucinados
e se agarro a esse vício inexplicável
e subo o morro pra buscar fatal cigarro
é ali que morro na cruz de malta crucificado.
Não sou de beber
mas me embriago
das antigas vitórias por mares nunca idos,
onde o Vasco escreveu múltiplos capítulos
e na adega do almirante entornei mil títulos.
Nunca cheirei mas admito
que enfileirei carreiras com seus craques
desde Barbosa Eli Danilo Jorge Ademir Bellini
e vai minha memória explodindo, farejando
Dinamite Romário Jorginho Pernambucano.
Não frequento a ATA,
associação dos torcedores anônimos,
pois dou meu nome e minha cara a tapa
prossigo nesse vício, nessa quimera,
e se caio uma duas três ou sete quedas
mesmo que haja o encachoeirado pranto
sei que após o tombo me levanto,
a obsessão da caravela vascaína
sempre me ergue, me orienta e me alucina.
Caio Junqueira Maciel
obrigado por divulgar, abraços
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