quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A MAFI(F)A que manda no futebol...


Este artigo foi publicado em junho aqui e eu esqueci-me que o sítio ideal para publicar seria precisamente neste blogue. Peço imensa desculpa, vem com bastante atraso, mas é de boa vontade... e as gajas são boas!

Como toda a gente sabe a capitalista FIFA impõe aos países organizadores do Mundial medidas vergonhosamente dracónicas para proteger as marcas patrocinadoras – e vão muito longe nesta tarefa… Por exemplo, a cerveja americana Budweiser, que é água com gás tingida de amarelo, era a única que podia ser anunciada, bebida e vendida durante o Mundial de futebol na África do Sul...


Mas uma pequena marca de cerveja holandesa da província de Brabante, a Bavaria, demonstrando que capitalismo também é inovação e uma grande dose de imaginação, fintou as medidas da FIFA e tornou-se mundialmente conhecida de um dia para o outro sem vender uma caneca de cerveja durante o Mundial.

A Bavaria encomendou numa fábrica de roupa da mesma região uns vestidos baratos mas bem curtinhos, giros, sexy e obrigatoriamente cor de laranja que oferecem na compra de uma caixa de cervejas. A seguir contactaram duas holandesas loirinhas, espertalhonas, mas sobretudo mesmo muito boas, que na África do Sul arranjaram, através de agências locais de casting, mais uma trintena de mulheres igualmente muito bem amanhadas para executarem um plano previamente concebido nos escritórios da cervejeira holandesa.

Aqui podem em vídeo O Plano na prática: no dia do jogo Dinamarca-Holanda as raparigas entraram no estádio vestidas como torcedoras da Dinamarca. No momento que julgaram ideal, as duas boazonas holandesas deram o sinal a todas as outras para levantarem a divinal bunda e iniciarem um gracioso ‘striptease’ gingando com as belas ancas ao mesmo tempo que despiam o equipamento dinamarquês, ficando à vista dos expectadores do mundo inteiro o tal vestidinho cor de laranja da Bavaria que nem tudo cobre nem descobre…

Imediatamente os esbirros de Dom Sepp Blatter, o capo da máfia fifesca, intervieram e, sem dó nem piedade, nem maneiras, expulsaram as raparigas do Estádio e mandaram prender as duas holandesas organizadoras. Resultado, a Bavaria pagou uma multa à FIFA evitando que as raparigas fossem violadas numa esquadra da polícia Sul Africana. Por outro lado a Bavaria ficou a ser mundialmente conhecida…

Quando é que os nossos ‘captains of industry’ ou então a nossa juventude tão de esquerda, tão progressista, acorda do atavismo em que está enterrada e em vez de repetir ad infinitum slogans marxistas do século 19, ou, pior ainda, exegeses islâmicas ainda mais arcaicas, se lembram de imaginar destes truques lúdicos para promover mundialmente a nossa BROA DE AVINTES, VINHO VERDE TINTO ou QUEIJO DA SERRA porra…

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Viva o Rio

Eu vascaíno torceu que se fartou pelo Flu. Não só de arrasto pela Ariane e o João, os filhos tricolores ou pelo mano Felipe, que bancou o churrasco, mas pelo Rio de Janeiro que bem mereceu por tudo que passou este ano. E nenhum clube para melhor representar o Rio já que o traz no próprio nome, ainda que em latim. Pois que rioeiro, rioino ou rioense soam tão mal. Mas os detratantes vão sempre dizer "mas que rio é esse se o Rio não tem rio?! Que foi tudo um engano dos portugueses que achavam que a boca da baía era a foz de um rio que por estarem em janeiro..." Está bem. Cada cidade tem o seu rio. Paris tem o Sena; Cairo, o Nilo; Lisboa, o saudoso Tejo; Rio Branco, o rio Acre; São Paulo, o Tietê... E o Rio? Ah, o Rio hoje tem dois: o Guandú, que nos dá a água de beber e o rio tricolor que corre limpando corações.